quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS


Histórico

Momento de expressar a gratidão

Encontramos relatos de comemorações e festas, expressando a alegria e a gratidão pelas colheitas, desde os povos antigos. Na época medieval, eram organizados festivais da colheita. Porém o Dia de Ação de Graças, propriamente dito, nasceu nos Estados Unidos.Um grupo de ingleses, fugindo de perseguição religiosa, se estabeleceu nos Estados Unidos, no atual estado de Massachusetts. Passaram por muitas dificuldades pela escassez de recursos e desconhecimento da nova realidade. Aprenderam com os nativos a cultivar a terra, especialmente o cultivo do milho.
Em 1621 fizeram a primeira colheita. E foi abundante. Reuniram-se para agradecer a Deus por esta colheita. Esta celebração se tornou costume e foi se ampliando até ser proclamado o Dia Nacional de Ação de Graças pelo presidente americano George Washington. É celebrado na quarta quinta-feira do mês de novembro.
Também no Brasil, desde 1949, foi instituído o Dia de Ação de Graças. A lei foi regulamentada em 1965 pelo presidente Castelo Branco, e se celebra também na quarta quinta-feira de novembro.
Thanksgiving é um dos feriados mais importantes dos Estados Unidos. É uma festa familiar e se preserva a tradição de preparar comidas similares às que aqueles primeiros colonos tinham disponível: peru (consumido por cerca de 90% de americanos), purê de batatas, milho cozido, torta de maçã...
Entre nós, o Dia de Ação de Graças é uma celebração mais comunitária, religiosa ou não, e não se refere somente à colheita dos frutos da terra, mas é uma expressão de gratidão por todas as conquistas obtidas durante o ano.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DIA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

                                           Deodoro da Fonseca: executor de uma mudança construída ao longo do tempo
O processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de transformações em que visualizamos a chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas. Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi a última a levantar-se contra a monarquia.


Podemos destacar a importância do processo de industrialização e o crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança sócio-econômica. As classes médias urbanas e os cafeicultores do Oeste paulista buscavam ampliar sua participação política através de uma nova forma de governo. Ao mesmo tempo, os militares que saíram vitoriosos da Guerra do Paraguai se aproximaram do pensamento positivista, defensor de um governo republicano centralizado.



Além dessa demanda por transformação política, devemos também destacar como a campanha abolicionista começou a divulgar uma forte propaganda contra o regime monárquico. Vários entusiastas da causa abolicionista relacionavam os entraves do desenvolvimento nacional às desigualdades de um tipo de relação de trabalho legitimado pelas mãos de Dom Pedro II. Dessa forma, o fim da monarquia era uma opção viável para muitos daqueles que combatiam a mão de obra escrava.



Até aqui podemos ver que os mais proeminentes intelectuais e mais importantes membros da elite agroexportadora nacional não mais apoiavam a monarquia. Essa perda de sustentação política pode ser ainda explicada com as consequências de duas leis que merecem destaque. Em 1850, a lei Eusébio de Queiroz proibiu a tráfico de escravos, encarecendo o uso desse tipo de força de trabalho. Naquele mesmo ano, a Lei de Terras preservava a economia nas mãos dos grandes proprietários de terra.



O conjunto dessas transformações ganhou maior força a partir de 1870. Naquele ano, os republicanos se organizaram em um partido e publicaram suas ideias no Manifesto Republicano. Naquela altura, os militares se mobilizaram contra os poderes amplos do imperador e, pouco depois, a Igreja se voltou contra a monarquia depois de ter suas medidas contra a presença de maçons na Igreja anuladas pelos poderes concedidos ao rei.



No ano de 1888, a abolição da escravidão promovida pelas mãos da princesa Isabel deu o último suspiro à Monarquia Brasileira. O latifúndio e a sociedade escravista que justificavam a presença de um imperador enérgico e autoritário, não faziam mais sentido às novas feições da sociedade brasileira do século XIX. Os clubes republicanos já se espalhavam em todo o país e naquela mesma época diversos boatos davam conta sobre a intenção de Dom Pedro II em reconfigurar os quadros da Guarda Nacional.



A ameaça de deposição e mudança dentro do exército serviu de motivação suficiente para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse as tropas do Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra. Segundo alguns relatos, os militares pretendiam inicialmente exigir somente a mudança do Ministro da Guerra. No entanto, a ameaça militar foi suficiente para dissolver o gabinete imperial e proclamar a República.



O golpe militar promovido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ao contrário do que aparentou, a proclamação foi consequência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Conforme salientado pelo ministro Aristides Lobo, a proclamação ocorreu às vistas de um povo que assistiu tudo de forma bestializada.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Classificadas no Prêmio Gestão Escolas participam de reunião na Superintendência Regional de Ensino

    SÁVIA DE LIMA, Araguari - Na próxima semana será realizada em Uberlândia a solenidade de premiação das escolas da região, classificadas pelo Prêmio Gestão Escola, criado pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) para valorizar e motivar as escolas públicas de todo o país no desenvolvimento de uma gestão democrática e de qualidade do ensino, estimulando a melhoria do desempenho das escolas e o sucesso da aprendizagem dos alunos. 
Entre elas estão os centros municipais educacionais Professor Hermenegildo Marques Veloso e João Pedreiro, ambos de Araguari, que, nesta semana, estiveram em Uberlândia para acertar os últimos detalhes do grande dia de premiação. 
De acordo com Cristiane Nery, secretária de Educação, na segunda-feira, dia 5, os diretores das duas escolas, acompanhados de representantes de seus respectivos departamentos pedagógicos, estiveram na SRE para simular a apresentação de seus dossiês. “A culminância do prêmio será no dia 14, quando haverá a apresentação e premiação das escolas. Na reunião desta semana houve a simulação da apresentação pelas escolas classificadas e foi importante para definir questões relacionadas à solenidade da próxima semana”, explicou. 
Das 298 escolas estaduais e municipais inscritas na etapa regional do prêmio apenas cinco foram classificados como os melhores dossiês da Jurisdição – Plano de Melhoria (PGE), duas de Araguari. “Sem dúvida, foi uma grande alegria para a nossa cidade. Nós queremos cumprimentar as escolas classificadas, os diretores, os representantes pedagógicos e os alunos que, com esta conquista, abrilhantam ainda mais o final deste mandato”, acrescentou a secretária.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

IV Encontro Nacional de Educação Tecnológica


O  ENETEC  2012:  IV  Encontro  Nacional  de  Educação  Tecnológica,  foi realizado no dia 26 de outubro, com um fato histórico: o lançamento do  Visual Class Android, o primeiro Software de Autoria do mercado mundial compatível com Tablets e Smartphones.
A demonstração do Visual Class Android foi feita por Sérgio Tatizana utilizando um Tablet Delta da Multilaser, com Android 4.0, conectado a um projetor multimídia via conector HDMI. 

No dia 26 de outubro de 2012 o Teatro Universitário César Cava de Presidente Prudente foi palco do IX Concurso Nacional Visual Class para alunos do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental I, como parte do  ENETEC 2012: IV Encontro Nacional de Educação Tecnológica. 
Participaram desta fase final 9 Prefeituras, que apresentaram os seus projetos para uma banca de jurados especializados em tecnologia educacional. classificação final segue abaixo:
PRIMEIRO LUGAR 
Prefeitura de Andradina (SP) - Título do Projeto: Dengue: Quem é o Verdadeiro Vilão?
SEGUNDO LUGAR
Prefeitura de Presidente Prudente (SP) - Título do Projeto: Desvendando o Sangue
Humano – O Conhecimento Vence o Medo e Salva Vidas
TERCEIRO LUGAR
Prefeitura de Marília (SP) - Título do Projeto: Pequeno Cidadão, Grande Transformação
DESTAQUES NACIONAIS
Prefeitura de Presidente Venceslau (SP) Lixo Urbano
Prefeitura de Flórida Paulista (SP) Como Salvar o Planeta
Prefeitura de Araguari (MG)    Conhecendo e Valorizando Nossa História
Prefeitura de Santa Fé do Sul (SP) Droga – Se Fosse Bom Não Teria esse nome
Prefeitura de Fernandópolis (SP)     Deficiência e Superação
Prefeitura de Pirassununga (SP)     Como Fazíamos SEM
A cada ano os projetos estão melhores, demonstrando que há uma aprendizagem coletiva. 
Os participantes avaliam os pontos fortes dos projetos concorrentes e incorporam as principais idéias na edição seguinte.Estamos publicando todos os projetos em formato HTML no nosso site e também as apresentações dos alunos no Youtube, e dentro de 2 semanas já devem estar disponíveis para acesso no site www.class.com.br.



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Escola Municipal João Pedreiro participa de concurso nacional em cidade paulista

Foto: Divulgação

Alunos do quinto ano vão apresentar trabalho sobre a ferrovia em 
Araguari, durante o IX Concurso Nacional Visual Classs, 

a ser realizado em Presidente Prudente (SP)


TALITA GONÇALVES, Araguari - Alunos do quinto ano vespertino do Centro Educacional Municipal João Pedreiro partiram ontem pela manhã rumo à cidade de Presidente Prudente, em São Paulo. O motivo: participar do IX Concurso Nacional Visual Classs, uma das atividades que fazem parte do IV Encontro Nacional de Educação Tecnológica (ENETEC). O evento acontece hoje, no Teatro Universitário César Cava.

A escola foi a primeira colocada na disputa em Araguari e se classificou para a etapa nacional.  Concorrendo com 192 instituições de ensino de todo o Brasil, foi um das cinco classificados para a fase final. O Visual Class é um software de autoria para criação de projetos multimídia, como aulas e palestras. Devido à facilidade de uso, o programa é amplamente utilizado como recurso educacional para crianças.

O trabalho que garantiu a participação da escola no evento tem como tema a ferrovia em Araguari. Desenvolvido com os alunos do quinto período, retrata a história de Araguari desde a instalação da rede ferroviária até os dias atuais.

Pesquisas no Arquivo Público Municipal Dr. Calil Porto, palestras com o tema e conversas com pessoas que tiveram experiências ligadas aos trilhos fizeram parte da preparação. “É uma atividade geradora de conhecimento. Eles aprendem a lidar com as ferramentas disponíveis para desenvolver suas capacidades e discorrer sobre um assunto tão rico e importante como esse,” comentou Vânia Beatriz Soares Donato, diretora da escola.
SUSTO

No entanto, a viagem poderia não ter acontecido. No dia 19, faltando menos de uma semana para o evento, a direção do colégio recebeu a notícia de que a prefeitura não iria mais financiá-la. O corte de verba faz parte da política de redução de gastos adotada pela administração municipal com o objetivo de não deixar dívidas para a próxima gestão, segundo a diretora.

O dinheiro arrecadado na festa junina e caixa escolar, que seriam destinados à manutenção da escola, foram então utilizados para cobrir os custos da viagem. “Seria terrível dizer para as crianças que elas não iam mais. Eles estavam ensaiando há meses, não seria justo,” ressaltou  Vânia Donato.

Fonte: http://www.gazetadotriangulo.com.br/novo

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Escolas da rede municipal participam do Prêmio Gestão Escolar


Os projetos serão apresentados para a Superintendência Regional de Ensino em Uberlândia


STELA VIEIRA, Araguari - Projetos de gestão pedagógica foram desenvolvidos pelos Centros Educacionais Municipais (CEM) para o Prêmio Gestão Escolar 2012. As metas e ações buscam eficácia e melhoria na qualidade do ensino.

O prêmio é um instrumento de auto-avaliação das escolas públicas brasileiras, reconhecido pelo Conselho Nacional de Secretários da Educação (CONSED), que estimula o melhor desempenho e sucesso na aprendizagem dos alunos. É dividido nas categorias regional, estadual e nacional. 


Duas escolas da cidade foram classificadas entre as cinco melhores, dentre 298 regionais. Segundo a diretora do Centro Educacional João Pedreiro, Vânia Beatriz Soares, as propostas serão apresentadas para a Superintendência Regional de Ensino de Uberlândia, com a presença de diretores municipais, estaduais e a equipe pedagógica dos centros. “É uma proposta político-pedagógica, mostrando a gestão de resultados educacionais. A partir dela temos uma visão de reflexão para o que está dando certo. As práticas que não forem eficazes, melhoramos”, ressaltou. 
O CEM Prof. Hermenegildo Marques Veloso também está entre as escolas selecionadas.



Dentre os centros municipais, o João Pedreiro está em primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que representa a qualidade da educação nas escolas do país, por meio de avaliação do fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. “Nós alcançamos a maior nota do município, que foi acima da meta estabelecida. É o quarto ano consecutivo que a escola está em primeiro lugar no município pelo Ideb”, complementa a diretora.



A escola estadual Prof. Antônio Nunes de Carvalho foi selecionada para a etapa estadual. De acordo com a secretária de Educação, Cristiane Nery Pereira, “é uma satisfação termos duas escolas municipais classificadas entre as cinco melhores. Isto demonstra o compromisso na busca de uma educação de qualidade”. Os cinco centros regionais selecionados apresentarão os trabalhos no final do mês de outubro em Uberlândia, com data e local a serem definidos.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

DICA DE FILME "O LORAX: EM BUSCA DA TRÚFULA PERDIDA"


 "O Lorax: Em busca da trúfula perdida" é um  filme com uma animação linda, com muita cor, com muita magia. E ainda faz a criança, o jovem e o adulto a pensar o que estamos fazendo para preservar e cuidar da natureza. Precisamos amar mais a natureza senão o mundo estará perdido.  A mensagem do filme e de conscientização sobre a preservação da natureza. O que estamos fazendo com o mundo que vivemos?  Estamos cuidando bem da natureza?  Vale a pena assistir esse filme com a família. 

Sinopse do filme:

O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida traz uma história sobre a importância da preservação da natureza diante dos avanços do capitalismo e da ganância. Dos mesmos criadores de Meu Malvado Favorito, a produção conta com vozes de Zac Efron, Danny DeVito e Taylor Swift (no original, em inglês).

Tudo começa com Ted (Zac Efron), um garoto de 12 anos apaixonado pela vizinha Audrey (Taylor Swift). Capaz de tudo para agradar a garota, ele descobre que o grande sonho dela é ver uma árvore de verdade, afinal, onde eles vivem isso não existe mais. Na cidade de Thneed-Ville tudo é tecnológico e artificial.
Para descobrir o que aconteceu com as árvores e como conseguir uma para sua amada, Ted embarca numa incrível aventura, na qual passeia por uma terra desconhecida, cheia de cor e natureza. Lá conhece também o simpático - e ao mesmo tempo rabugento - Lorax, uma criatura preocupada com o futuro que luta para proteger seu mundo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

UM PLANO PARA SALVAR O PLANETA

“Um Plano Para Salvar o Planeta” os personagens criados pelo quadrinista Maurício de Sousa entram na onda do ecologicamente correto e mostram ações de sustentabilidade ambiental para a criançada.  
Usa os personagens da Turma da Mônica para passar uma mensagem de cuidados com o planeta - como economia de água, luz e sustentabilidade, principalmente porque penso que é um assunto forte na consciência do pessoal." 



Vídeos educativos sobre meio ambiente. É um ótimo material para educação ambiental de crianças e adultos. 
Vejam o vídeo abaixo. Divulguem


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O JEITO CERTO DE TRABALHAR O FOLCLORE


Tema vai muito além das lendas e cantigas de roda. Aborde elementos que fazem parte do cotidiano dos alunos

         Quando chega o mês de agosto, muitos professores tiram os livros sobre folclore da estante, pesquisam na internet e preparam algumas aulas sobre o tema para apresentá-lo aos alunos. "Trabalhar o assunto apenas em agosto se tornou uma tradição no ensino brasileiro", diz Alberto Ikeda, professor de Cultura Popular e Etnomusicologia do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), campus São Paulo. Esse é um primeiro problema na abordagem do tema - mas nem de longe é o único. Outro equívoco é resumir o folclore às lendas e cantigas de roda, algo raso e redutor.
           Uma primeira providência essencial diz respeito à compreensão da noção de folclore. Em sua origem inglesa, informa o dicionário Houaiss, a palavra folclore significa o ato de ensinar (lore) um conjunto de costumes, lendas e manifestações artísticas do povo (folk) preservados pela tradição oral. Essa definição é um tanto redutora se levarmos em consideração o fato de que toda manifestação cultural é influenciada pelo contexto de quem a produz e que esse contexto, por sua vez, está em constante mudança. Sendo assim, o conceito de folclore é muito mais dinâmico do que parece: envolve diversas vertentes da cultura popular (música, dança, relatos orais etc.) e continua sendo produzido até hoje. "É impossível abordar o assunto sem considerar os elementos que fazem parte do cotidiano dos estudantes", afirma Teca Soub, coordenadora do Núcleo de Alfabetização da Prefeitura de São Caetano, SP.
      Ensinar ao aluno que os elementos de sua própria cultura fazem parte do folclore brasileiro é um dos maiores desafios enfrentados por professores ao tratar do tema. Quando chegam à escola, as crianças trazem com elas os elementos culturais que estão mais próximo delas. Por isso, explicar a elas que essa "cultura caseira" faz parte da noção de folclore funciona melhor do que simplesmente apresentar lendas e mitos sem contextualizá-los. "Tal atitude faz os alunos considerarem como folclore elementos que estão distantes deles, dos quais não participam", explica Ikeda. "Isso pode provocar um desinteresse geral".
Estimular os estudantes a pesquisar sobre suas próprias comunidades e até mesmo hábitos familiares pode ser um ótimo ponto de partida para o ensino da noção de folclore. "A criança só pode entender a diversidade se perceber que faz parte disso", diz Ikeda. Uma forma eficiente de trazer essas questões para a sala de aula é contar que o conjunto desses costumes determina os aspectos culturais de um povo.
            Tendo isso em mente, fica clara a inadequação de tratar o tema apenas em agosto. Desenvolver projetos que trabalhem aspectos da cultura brasileira no decorrer de todo o ano letivo é fundamental. "Em vez de abordar os elementos da cultura apenas no mês de agosto por mera convenção, é mais coerente adaptar os currículos das escolas de acordo com as manifestações culturais regionais", diz Teca
A abordagem por etapas de ensino
Educação Infantil
               Para aproximar o folclore da realidade dos alunos na Educação Infantil, os educadores podem inserir nos planos de aula brincadeiras e cantigas de roda (como ponto de partida e não como abordagem exclusiva). Além de estimular o movimento, algo fundamental nessa etária, elas ajudam as crianças a desenvolver a fala. Batucar e dançar ritmos regionais, por exemplo, faz os pequenos entrarem em contato com manifestações artísticas locais, que são expressões de sua cultura. "Começar com aquilo que o aluno traz facilita o entendimento da diversidade cultural", diz Ikeda.

Ensino Fundamental 1
          A partir do 1º ano, já é possível contar com a ajuda dos alunos para levantar diversos elementos do folclore, sem perder de vista que um ensino eficiente requer planejamento, avaliação inicial e contínua e uma sequência lógica que leve à construção do conhecimento. Não faz muito sentido para um aluno do Sudeste brasileiro, por exemplo, entrar em contato com mitos e lendas da Amazônia se ele ainda não conseguiu entender a noção de folclore. É com base no levantamento de exemplos de situações mais próximas da realidade dos estudantes que o professor consegue perceber quando eles estão prontos conhecer os aspectos que fazem parte da cultura de outras regiões do país - que ele não pratica, mas que podem ser melhor entendidos por meio dessa análise que parte dos elementos mais conhecidos e segue para outros mais distantes. Para um aluno pernambucano, por exemplo, entender as origens do carnaval de Olinda e aprender mais sobre os festejos locais pode ajudar na identificação de diferenças e semelhanças na celebração da festa no restante do Brasil.

Ensino Fundamental 2
       Com a separação das disciplinas nessa etapa de ensino, o folclore geralmente passa a ser tratado apenas nas aulas de Arte. "As manifestações culturais são muito mais complexas e envolvem outros aspectos que ultrapassam a noção de Arte", afirma Teca. "Por isso, devem ser trabalhadas em várias disciplinas que compõem o currículo regular das instituições de ensino". Para compreender o porquê a capoeira foi incorporada à cultura brasileira é preciso ensinar aos alunos que o Brasil foi um país escravocrata e que o jogo era praticado por negros africanos trazidos ao Brasil para serem explorados. Muitos desses homens permaneceram aqui após sua libertação, se espalharam pelas capitais do país e ensinaram aos brasileiros como o esporte era praticado. Neste simples exemplo, temos quatro disciplinas envolvidas: História, Geografia, Educação Física e Arte. A mesma regra vale para a maioria dos conteúdos ensinados em sala de aula.  A mudança no ensino do folclore deve ser feita por meio de uma revisão no currículo de cada escola. Para isso, professores e coordenação tem papel importante: afinal, a escola tem uma função importante na legitimação das representações culturais. Por isso, promover a aproximação junto a grupos de teatro, música ou de dança que ficam no bairro em que a instituição está, por exemplo, pode ajudar os alunos a se sentir sujeitos atuantes da cultura local. "Professores e coordenadores pedagógicos precisam reconhecer os alunos como participantes da cultura, que têm muito a contribuir para a construção da aprendizagem", diz Teca.





No interior do Brasil, reza a lenda que quando Matinta Perera passa por um vilarejo, e não encontra oferendas, uma tragédia pode acontecer. Uma menina e seu gato acabam, por acaso, descobrindo os mistérios da bruxa Matinta Perera que se transforma em pássaro e que abre conhecimentos sobre um mundo novo e maravilhoso, o que permite a menina suplantar seus medos. 
 
Esse episódio foi produzido em 2009 e retrata o saci, e quando esse personagem do folclore brasileiro invade uma fazenda e seu amargurado dono resolve capturá-lo.

Esta interessante animação apresenta de maneira bem criativa o conto folclórico do Curupira, esse conto faz parte da identidade e das raízes do Brasil, foi por esse motivo que vários vanguardistas, entre muito se destaca o musico Mario de Andrade lutou para a preservação dessas historias folclóricas que tanto encanta e fantasia a vida de quem conhece.
Conta a história de amor impossível entre uma mulher que se apaixona por um homem baixinho que na verdade é um boto-cor-de-rosa

sexta-feira, 1 de junho de 2012

DIA DA IMPRENSA




Fotografias de autores e obras literárias estão expostas na Biblioteca Pública Municipal




As obras permanecerão durante todo o mês de Agosto

      Em comemoração ao 124º aniversário do município, tem início nessa quarta-feira, 01 de Agosto, por meio da Fundação Araguarina de Educação e Cultura, uma exposição de fotografias e obras literárias de autores araguarinos. O objetivo é homenagear o município e as pessoas que se dedicaram e contribuíram com o registro da história do local.
      Diversas obras de vários gêneros literários já foram produzidas, como: “Afif Rade: marco na imprensa de Araguari” de Edmar César; “Os caminhos do coração”; “Pelos caminhos da história” de Abdala Mameri, que conta a história do município; “Estórias que a história não escreveu” de Juvenil de Freitas, que descreve acontecimentos com moradores, situações e locais. Entre as fotografias de autores é possível identificar personalidades do município, como: Abdala Mameri, José Severino de Paula, João Alamy Filho, Miguel Domingues de Oliveira, Gessy Carísio e outros.
      A exposição foi montada na Biblioteca Pública Municipal “Professor Paulo de Oliveira” para homenagear os autores no Dia do Escritor e permanecerá durante o mês de aniversário da cidade até o dia 31. Os horários de visitação são das 07:00 às 21:00 horas de segunda a sexta e das 08:00 às 12:00 no sábado.
      A Prefeitura Municipal convida toda a população e imprensa a visitar a exposição e prestigiar os autores que contribuíram com a história literária do município.

Exposição Fotográfica e Literária
Segunda à Sexta: 07h00min às 21h00min
Sábado: 08h00min às 12h00min
Data: 01/08 a 31/08
Local: Biblioteca Pública Municipal “Professor Paulo de Oliveira”

quarta-feira, 2 de maio de 2012


DIA DO TRABALHADOR - 1º de maio

Só o trabalho constrói. Todo o conforto de que a humanidade goza hoje em dia é fruto do trabalho de muitas pessoas, através de várias gerações.
Todo trabalho honesto dignifica, por mais humilde que seja. Quem faz do trabalho o seu maior prazer da vida, vê que só tem a lucrar, pois além de manter-se com orgulho e honestidade, não tem vontade nem tempo para a ociosidade, que quase sempre leva a maus hábitos.
O Dia do Trabalho é essencialmente importante, porque é nessa data que lembramos o esforço humano para modificar a natureza e explorá-la para o progresso da humanidade.
Todas as pessoas, cada uma na sua profissão, são igualmente necessárias. A comunidade depende tanto de engenheiros e médicos quanto de pedreiros, padeiros e agricultores.
  

No dia 1 de maio de 1886, em Chicago, grevistas entraram em choque com a polícia. Explodiu uma bomba e morreram quatro operários e sete policiais. Alguns líderes grevistas foram presos e executados no ano seguinte. Em junho de 1889, os socialistas reunidos em Paris, para fundar a II Internacional, aprovaram a resolução de consagrar o dia 1 de maio de todos os anos, como o Dia Internacional dos Trabalhadores, em memória das vítimas de Chicago. A iniciativa se propagou lentamente, a princípio encontrando resistência das autoridades, que perseguiam politicamente os manifestantes, mas aos poucos se consolidou. Hoje, sob a designação de DIA DO TRABALHO, são feitas comemorações em quase todos os países do mundo, com pequenas variantes quanto à data. O DIA DO TRABALHO, porém, só foi institucionalizado com o Estado Nôvo, em 1938, e declarado feriado nacional pelo governo do marechal Eurico Gaspar Dutra, com a Lei n. 662, de 6 de abril de 1949.
Nada mais justo do que lembrar nesse dia de todos aqueles que com seu trabalho constroem algo de bom para a Pátria e para a Humanidade.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

                         Feliz dia da TERRA!!!

Dia da Terra vem ganhando cada vez mais importância desde que foi criado timidamente no início da década de 1970. Este ano, mais de 500 milhões de pessoas devem comemorar o Dia da Terra em 85 países. A nossa programação vai incentivar você a se preocupar com o planeta.

O nosso público já está familiarizado com as notícias sobre o derretimento das geleiras e o aumento do nível do mar, mas as incríveis fotos de James Balog em Icebergs: Alerta Global vão ajudar a ampliar a consciência sobre o impacto das mudanças climáticas sobre a Terra.


Mistérios da Terra, apresentado por Edward Norton, destaca que existe uma interconexão total no nosso planeta e que todas as nossas ações têm conseqüências globais, exatamente como destaca o nosso tema do Dia da Terra: "O que você faz conta".

No último ano o nosso planeta enfrentou terremotos e furacões super-violentos e descobriu novos seres e espécies à beira da extinção. Planeta Terra: Restrospectiva 2008 conta tudo que vem acontecendo.

Curiosidades sobre a Terra: 
  • Tem em torno de 4,5 bilhões de anos
  • Tem 510,3 milhões de km2 de área total
  • Aproximadamente 97% da superfície da Terra é composta por água
  • O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal - China com aproximadamente 8.800 metros
  • A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões


Em 1990, outros países adotaram o data como marco de conscientização ecológica. Se cultivada desde a infância, a educação ambiental pode ajudar a formar cidadãos preocupados com o aquecimento global, desperdício de água e reciclagem de lixo.

Acesse:
SMARTKIDS EM DIA DA TERRA e ache leituras e atividades super divertidas, leia mais, aprenda dicas pra fazer do nosso planeta um lugar cada vez melhor.




Dia da Terra foi criado pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril.
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.
Saiba mais em: WIKIPEDIA/DIA DA TERRA


                    Quem descobriu o Brasil? 

Foi Pedro Álvares Cabral no dia 22 de abril de 1500!
A expedição organizada pelos portugueses a pedido do Rei Dom Manuel tinha como objetivo repetir o feito de Vasco da Gama e chegar às Índias. Estavam em busca de metais preciosos, como o ouro e a prata, e especiarias!
Não se sabe ao certo por que Cabral desviou tanto a oeste da sua rota original, sabemos apenas que não fosse isto os portugueses não teriam descoberto as terras no depois chamado novo mundo.
No dia 22 ouvi-se um grito “terra vista”! Avistaram um monte, que recebeu o nome de Monte Pascal. O nome dado a terra descoberta foi Terra de Santa Cruz, atualmente cidade de Porte Seguro na Bahia. O nome definitivo, Brasil, só veio alguns anos depois, devido a quantidade de pau-brasil encontrado no litoral!
A carta escrita por Pero Vaz Caminha e enviada para o rei em Portugal descreve com detalhes a viagem, a terra descoberta e os nativos. Este é um importante documento histórico para o Brasil e para o mundo!
O primeiro contato com a população local foi feito no dia 23 de abril. Os índios Tupiniquins, de origem tupi-guarani, habitavam o litoral do sul da Bahia. Apesar do choque entre as diferentes culturas, trocaram objetos e cortesias pacificamente.
Frei Dom Henrique celebrou a primeira missa no dia 26 de abril. E acreditem, era domingo de páscoa! Compareceram não só os comandantes e suas tripulações, mas também muitos nativos curiosos atraídos pelo ritual.
Dias depois Cabral seguiu viagem até alcançar Calicute, mas deixaram por lá 2 degradados – condenados por crimes em Portugal – que meses depois foram resgatados e deram contribuições importantes aos portugueses.


CABRAL, O NAVEGADOR MUITO AMADO
Projeto memória
Depois de cumprir a missão que o rei lhe confiara, Pedro Álvares Cabral não quis voltar a embarcar. Refletindo um pouco, logo se conclui que procedeu bem pois um êxito estrondoso dificilmente se repete. Ora, Cabral foi o primeiro navegador da História da Humanidade a ligar quatro continentes numa única viagem. Enfrentou os ânimos mais suaves e mais agressivos dos dois oceanos conhecidos na época. Fortaleceu laços de amizade e fez pactos de comércio com reis e rainhas do Oriente. E descobriu o Brasil. Tudo somado, chega e sobra para encher uma vida.
Este bem sucedido viajante do rei casou com Dona Isabel de Castro, senhora ilustre que descendia da família real portuguesa e da família real castelhana. O casal teve seis filhos, dois rapazes e quatro meninas, batizados com os nomes de Fernando, Antônio, Constança, Guiomar, Isabel e Leonor.
Instalado em Santarém, Pedro Álvares Cabral foi sempre recebendo notícias da linda terra que descobrira, afinal bem maior e mais rica do que se pensava. E recompensas do rei D. Manuel I, à medida que ele compreendia a verdadeira importância daquela descoberta.

O navegador repousa ao lado da mulher numa sepultura na Igreja de Nossa Senhora da Graça, em Santarém. A sua face encontra-se esculpida em pedra na parede do mais belo monumento português, o Mosteiro dos Jerônimos. Aí se encontram também outros navegadores, mas olham em direções diferentes. Vasco da Gama e os companheiros Paulo da Gama e Nicolau Coelho estão virados para Oriente em memória da chegada à Índia. Pedro Álvares Cabral, de sorriso discreto e elegante barbicha, olha para o lado oposto, para Ocidente, para o Brasil.
Quinhentos anos após a sua viagem, continua a ser recordado com amor entre dez milhões de portugueses e cento e sessenta milhões de brasileiros.

O REGRESSO À CASA

No regresso, os homens da armada de Cabral tiveram uma agradável surpresa: encontraram a caravela comandada por Diogo Dias, que todos julgavam afundada no Cabo da Boa Esperança. Afinal estava intacta, havia treze sobreviventes de mil aventuras no Índico e tinham descoberto outra terra que ainda não figurava nos mapas, uma ilha batizada com o nome de São Lourenço e que mais tarde se chamou Madagascar.
Felizes por se reencontrarem, zarparam para Lisboa mas o vento, teimoso como sempre, dispersou os navios, impedindo que chegassem juntos conforme desejavam.
Pedro Álvares Cabral entrou na barra do rio Tejo a 23 de julho de 1501. Tinha passado um ano e quatro meses em viagem, resistira a pavorosas tempestades, a investidas traiçoeiras, a doenças tropicais, a batalhas navais. Trazia os porões carregados de especiarias, sedas e outras preciosidades do Oriente. Trazia também informações animadoras sobre o futuro dos portugueses no Índico e os nomes de novos e poderosos aliados. Podia assim apresentar-se diante do rei D. Manuel I com a serenidade de quem cumpriu a sua missão. No entanto, ao passar a vista pelas margens verdejantes de onde lhe acenavam homens e mulheres ansiosos por notícias dos familiares embarcados, uma sombra de tristeza deve ter pesado sobre seu coração. Tantos companheiros desaparecidos… E tal como muitos outros antes dele e muitos outros depois dele, certamente se interrogou: “Valeu a pena?”

Provavelmente não encontrou logo as palavras certas para uma boa resposta. Em todo caso, certamente pensou que descobrir, conhecer, comunicar, tem o seu preço. E depois, por entre as muitas imagens que lhe cruzaram o espírito, fixou-se numa só: a imagem do mundo novo descoberto a ocidente, suave paragem a caminho da Índia, lugar semelhante às mais belas descrições do paraíso terrestre.
Se não fosse por mais nada, pela terra de Vera Cruz já teria valido a pena!

JORNAL DA HISTÓRIA
Canal Kids
Quando o Brasil foi descoberto, no dia 22 de abril de 1500, ainda não existia jornal impresso e publicado diariamente. Mas… e se já existisse, do jeitinho que a gente conhece hoje? Já pensou como seriam as reportagens sobre o descobrimento do Brasil? No dia em que Cabral desembarcou em Lisboa, em 21 de julho de 1501, seria assim…
NAVEGADOR PORTUGUÊS DESCOBRE NOVAS TERRAS NA AMÉRICA

No dia 22 de abril do ano de 1500, o navegador português Pedro Álvares Cabral e sua frota alcançaram terras desconhecidas, que batizaram de Ilha de Vera Cruz. Eles haviam partido de Portugal no mês anterior com destino às Índias, em busca de ouro e especiarias.
Um desvio na rota acabou fazendo com que chegassem ao novo território – uma terra de grande beleza, como bem descreve a carta de Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel I. Apesar de estar sendo recebido em Portugal com todas as glórias, neste dia 21 de julho de 1501, após violento combate em Calicute, há especulações de que Cabral não teria descoberto as novas terras por mero acaso.
EXCLUSIVO! ENTREVISTA COM PEDRO ÁLVARES CABRAL

Jornal da História: Como o senhor chegou às terras brasileiras?
Cabral: Parti de Portugal comandando uma frota de 13 embarcações no dia 8 de março, com 1.500 homens e 8 padres. A maior frota portuguesa até então! Chegaram a terra firme 12 naus, mas infelizmente apenas 6 retornaram a Portugal. Nosso objetivo era alcançar as Índias, para comercializar mercadorias e levar a religião católica para outros povos. Nosso rei, Dom Manuel, queria impressionar o samorim, o rei de Calicute, na Índia, com uma frota rica e poderosa, para melhor fazer negócios. O samorim havia esnobado Vasco da Gama, que desembarcara em Calicute com navios pequenos e sem riquezas.
Jornal da História: É verdade que Portugal já tinha conhecimento da existência dessas novas terras?
Cabral: Isso eu não posso dizer.
Jornal da História: O que o senhor tem a dizer sobre os boatos de que o senhor não seria o primeiro a descobrir as novas terras?
Cabral: Que boatos? Isso é intriga da oposição! Que tipo de jornal é esse que dá ouvidos a boatos?
Jornal da História: Temos nossas fontes. Em 26 de janeiro do ano
de 1500, ou seja, no ano passado, o capitão espanhol Vicente Yáñez Pinzón teria desembarcado em um local que chamou de Santa Maria de La Consolación (Hoje, Ponta do Mucuripe, cerca de 10 quilômetros ao sul da atual Fortaleza, capital do Ceará). Os marujos teriam gravado a data, seus nomes e os de seus navios em árvores e rochas. Outro navegador espanhol, parente de Pinzón, Diego de Lepe, teria chegado ao Brasil no início de fevereiro (Hoje, os historiadores têm opiniões diferentes de onde seria o local Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, ou Cabo de São Roque, a 100 km de Natal, capital do Rio Grande no Norte)

Cabral: Se vocês insistirem nessa história, mando processar o jornal por traição à Coroa de Portugal!
Jornal da História: Bem, essa é uma dúvida que vai intrigar os futuros historiadores… Mas voltando à viagem, como foi a chegada?
Cabral: No dia 22 de abril de 1500, avistamos uma elevação que chamei de Monte Pascoal, porque era época da Páscoa. A presença de aves marinhas e de grandes algas flutuando no mar já indicava a proximidade de terra firme. No dia seguinte, enfrentando as ondas causadas por uma terrível tempestade, conseguimos encontrar uma baía para ancorar, por isso chamei o lugar de Porto Seguro, um lugar muito bonito.
Jornal da História: E o contato com os índios?
Cabral: Havia cerca de 20 nativos na praia, completamente nus, portando arco e flecha. Mas eram bastante amistosos. De início, trocamos algumas roupas e nossas boinas vermelhas por colares de contas. Francamente, fiquei surpreso com o comportamento dos nativos. Um dia, capturamos dois jovens índios e os levamos a bordo. Nós conversamos por gestos e em nenhum momento eles demonstraram medo por estar entre desconhecidos. A tripulação ficou agitada quando os índios apontaram para meu colar de ouro e depois para a terra, como se estivessem querendo dizer que lá também havia ouro. Ficaram deslumbrados com as galinhas que levamos, veja você! Os índios estavam tão à vontade que até dormiram no barco, em pleno convés.
Jornal da História: Depois você seguiu viagem em direção às Índias, onde entrou em conflito e acabou bombardeando Calicute por 15 dias. Como foi o ataque?
Cabral: Essa é uma longa história, que vocês podem deixar para a próxima edição, ora pois…
EXTRA! PORTUGUESES SÃO ABANDONADOS EM TERRA ESTRANHA

Tem gente que gosta mesmo de aventura… Não é que alguns marinheiros portugueses ficaram no Brasil, enquanto o resto da tripulação seguia viagem? Dois deles foram deixados de propósito para servir como informantes do rei. Eram dois degredados, condenados por crimes em Portugal, que abriram o maior berreiro quando foram deixados na praia.
Choraram tanto que até os nativos ficaram comovidos e caíram no choro também. Vinte meses depois, foram resgatados pela expedição de reconhecimento comandada por Américo Vespúcio. Os relatos de um dos chorões, Afonso Ribeiro, foram muito importantes para Portugal. Os outros marinheiros que haviam ficado simplesmente desertaram, cansados da vida sofrida a bordo. Em uma terra tão bonita, com fartura de comida e de índias sem roupa, escapuliram do navio rapidinho e nunca mais foram vistos.
Ninguém nunca soube o que aconteceu com os marujos fujões. Será que conseguiram viver entre os índios? Ou será que serviram de jantar para os índios canibais (aqueles que comem carne humana)?

TERRA DOS PAPAGAIOS
Uma outra curiosidade sobre os primeiros dias da descoberta foi o nome dado ao Brasil. Cabral batizou as novas terras com o nome de Ilha de Vera Cruz (ou da cruz verdadeira, devido à grande cruz fincada no dia da segunda missa).
Mas os marinheiros não estavam nem aí com o nome oficial.Eles inventaram outro nome. Sabe qual? “Terra dos papagaios”. Araras e papagaios multicores enfeitavam a paisagem, e durante mais de três anos, ninguém chamava o Brasil pelo nome dado por Cabral. Os portugueses trocaram quinquilharias e suas toucas vermelhas de marujos por essas aves maravilhosas, que viajaram até Portugal e deslumbraram seus compatriotas d’além mar.
Depois, o Brasil passou a ser chamado de Terra de Santa Cruz, por ordem do rei Dom Manuel. Poucos anos depois, o país seria conhecido como Brasil, devido à grande quantidade de pau-brasil, uma árvore de tronco avermelhado usada para tingir tecidos, muito apreciada na Europa.
Devido à paisagem paradisíaca, o nome do Brasil também pode ter derivado de uma ilha lendária na mitologia celta, a ilha Brazil. Era um lugar mágico perto da Irlanda, que fascinou muitos navegadores e chegou a aparecer em alguns mapas da época.
COMENTÁRIO POLÍTICO: O DESCOBRIMENTO FOI POR ACASO?

Dizem que Cabral descobriu o Brasil por acaso. Será? Tudo indica que os portugueses sabiam da existência dessas terras. Outros navegadores teriam passado bem perto daqui, como o português Duarte Pacheco, em 1498.
A própria viagem de Cristóvão Colombo, que descobriu a América em 1492, sugeria a existência das novas terras ao sul da República Dominicana. Seis anos antes da viagem de Cabral, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas. Nesse documento, os dois países rivais na expansão marítima chegaram a um acordo.
Traçaram uma linha imaginária que passava a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, colônia portuguesa próxima ao continente africano. O mundo ficou dividido em dois: as terras descobertas do lado esquerdo (oeste) dessa linha ficariam com a Espanha; as do lado direito (leste) ficariam com Portugal.
Ora, grande parte do Brasil ficava exatamente do lado português. Ao menos, a parte que mais interessava aos espertos e bem-informados portugueses: seu extenso litoral, rota fundamental para cruzar o Cabo da Boa Esperança e chegar às Índias. Portanto, faz sentido pensar que Cabral tinha uma missão secreta: encontrar as novas terras, garantindo o domínio de Portugal sobre elas.
(Quinhentos anos depois do fechamento desta edição, a polêmica e o mistério continuam. Nenhum dos documentos originais da viagem do descobrimento, como a carta de Pero Vaz de Caminha, deixou indicações definitivas sobre a verdadeira intenção de Cabral)
CULINÁRIA

Segundo os relatos, o encontro inicial entre os índios e os viajantes portugueses aconteceu de maneira pacífica. Só não houve acordo quanto à comida. Os dois índios que subiram a bordo de uma das caravelas experimentaram as comidas e bebidas oferecidas: pão, peixe cozido, bolo, mel, figos secos e vinho.
Não gostaram de nada. Cuspiam fora tudo que colocavam na boca. Não era para menos! Eles não estavam acostumados a nada daquilo.
A alimentação básica dos índios vinha das plantações de milho, inhame, feijão, abóbora e mandioca, além das frutas nativas, como o abacaxi. Até a água oferecida pelos “anfitriões” portugueses não se comparava àquela que os índios bebiam: tinha ficado armazenada em tonéis durante mais de 40 dias e não era nada fresca…
Imaginem se os índios tivessem provado da ração servida nas naus cabralinas! Sairiam correndo! A base da dieta a bordo era um biscoito duro e salgado, bolorento e fedorento, além de carne salgada, cebola, vinagre e azeite. Essa dieta muito pobre em vitaminas, causava uma doença terrível nos marujos, chamada escorbuto. Provocada pela carência de vitamina C, o escorbuto fez muitas vítimas fatais durante as viagens marítimas. Para alívio dos navegantes, no século 18 o capitão inglês James Cook descobriu que o consumo de limões e laranjas, ricos em vitamina C, combatia a doença.
COLUNA SOCIAL

No dia 26 de abril de 1500, domingo de Páscoa, foi realizada a primeira missa em terra firme, na praia. Todos estavam lá: o comandante Pedro Álvares Cabral, a tripulação da frota, os padres que também participaram da viagem.
O frei Dom Henrique celebrou a missa, acompanhada com grande devoção pelos portugueses. O melhor é que os índios, os verdadeiros donos da casa, também apareceram, curiosos para ver aquele desconhecido e solene ritual. Depois da missa, os nativos começaram a tocar conchas e buzinas, pulando e dançando. Resumindo: o primeiro evento social brasileiro foi um sucesso!

No dia 1º de maio, foi erguida a primeira cruz e rezada a segunda missa. Carregando os estandartes da Ordem de Cristo, mais de mil homens da esquadra de Cabral seguiram em romaria até o local escolhido para fincar a grande cruz, de cerca de sete metros.
A cruz foi ali colocada também para assegurar a posse da terra ao rei Dom Manuel, sinalizar uma boa fonte de água e o local onde seriam deixados dois degredados, futuros informantes. Cerca de 80 índios acompanharam a celebração, repetindo os gestos, levantando e se ajoelhando como os portugueses. Um luxo só!
MODA

Entre índios e portugueses, quanta diferença no visual! Os portugueses chegaram com suas roupas pesadas, botas de couro e boinas na cabeça. O tipo de roupa perfeito para o clima frio europeu e para as exigências da nobreza, mas nem um pouco adequado ao calor tropical.
Enquanto isso, os índios nem se preocupavam em vestir alguma coisa. Andavam completamente nus, usando apenas bonitos “acessórios”, como colares e cocares de penas multicoloridas. Para os portugueses, criados numa sociedade bastante diferente, aquilo era totalmente imoral.
Mas para os índios a nudez era a coisa mais natural do mundo. Esquisitas eram aquelas roupas calorentas que ainda por cima atrapalhavam na hora de correr, caçar, subir em árvores…
SEÇÃO DE CARTAS

O Jornal da História obteve, com exclusividade, trechos da carta que Pero Vaz de Caminha enviou ao rei Dom Manuel. A carta chegou por meio de Gaspar de Lemos, que comandava a nau de mantimentos da frota de Cabral, enviada de volta a Portugal para dar notícia do “achamento” do Brasil.
Contratado para ser o contador da feitoria em Calicute, na Índia, para onde Cabral depois se dirigiu, Caminha também era escritor de talento. Sua carta, tida como a “certidão de nascimento” do Brasil, descreve com brilho e detalhe os primeiros dias dos portugueses na nova terra e seu contato com os índios.
Pero Vaz faleceu pouco depois, em combate contra os árabes em Calicute. Para homenageá-lo, o Jornal da História pede perdão aos leitores e cede sua Seção de Cartas ao bravo escriba. (Desaparecida durante muitos anos, a carta de Caminha só foi redescoberta e publicada em 1817, pelo historiador português Manuel Aires do Casal)
24 de abril de 1500, Sexta-feira

Sobre os índios
“A feição deles é parda, um tanto avermelhada, com bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas, e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam o lábio de baixo furado e metido nele seus ossos (…) agudos na ponta como furador. (…) Os seus cabelos são lisos. E andavam tosquiados (…) e rapados até por cima das orelhas (…) “
(Caminha, como os outros, ficou maravilhado com a inocência, ingenuidade e beleza dos índios, que se mostraram bastante dóceis desde o início).
O contato a bordo
“Afonso Lopes, nosso piloto, estava em um daqueles navios pequenos. (…) Tomou dois daqueles homens da terra, mancebos e de bons corpos, que estavam em uma espécie de jangada. Já de noite, Afonso Lopes trouxe-os ao Capitão, em cuja nau foram recebidos com muito prazer e festa. (…) Quando eles vieram, o Capitão estava sentado em uma cadeira, bem-vestido, com um colar de ouro muito grande no pescoço, e tendo aos pés um grande tapete como estrado. (…) Um deles, porém, reparou no colar do Capitão e começou a acenar para a terra e depois para o colar, como se nos quisessem dizer que na terra também havia ouro. (…) Nós assim interpretávamos os seus gestos, porque assim o desejávamos (…)”
(Durante muitos anos, Portugal desprezou o Brasil por considerar que as novas terras não tinham minérios de valor, como ouro, prata e ferro, em seu subsolo, se contentando em pilhar o pau-brasil, madeira valiosa na Europa. Por um bom tempo, o Brasil serviu apenas como rota e porto seguro para as Índias. Hoje sabemos que isso não é verdade, e que o país possui algumas das maiores reservas minerais do mundo!)
26 de abril de 1500, Domingo

O palhaço Diogo Dias
“Do outro lado do rio, andavam muitos deles, dançando e folgando, uns diante dos outros, sem se tomarem pelas mãos. (…) Dirigiu-se, então, para lá, Diogo Dias, homem gracioso e de prazer. Levou consigo um gaiteiro e sua gaita. E meteu-se a dançar com eles, tomando-os pelas mãos; e eles folgavam e riam, e andavam com ele muito bem ao som da gaita. Depois de dançarem, fez-lhes ali, andando no chão, muitas piruetas e salto mortal, de que eles se espantavam e riam muito. Mas como Diogo Dias tocasse neles e os segurasse com essas brincadeiras, logo se tornaram esquivos como animais monteses (…)”
(Apesar de “mansos”, os índios evitavam o contato físico com os portugueses. Demonstravam dessa forma não serem tão ingênuos, assim como o fato de não deixarem os portugueses dormirem na aldeia.)
30 de abril de 1500, Quinta-feira

Gente inocente
“Parecem-me gente de tal inocência que, se nós os entendêssemos, e eles a nós, seriam logo cristãos, porque parecem não ter nenhuma crença. E portanto, se os degradados que aqui hão de ficar aprenderem bem sua fala e os entenderem, não duvido que eles (…) hão de se tornar cristãos em nossa santa fé. Portanto, Vossa Alteza, que tanto deseja fazer crescer a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles . (…) Eles não lavram, nem criam. Nem há aqui boi, vaca, cabra, ovelha, galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado a conviver com o homem. (…) Nesse dia, enquanto ali andavam, dançaram e bailaram sempre com os nossos, de maneira que são muito mais nossos amigos do que nós seus (…)”
(Aqui, Caminha se refere à docilidade dos índios, o que poderia facilitar a catequização pelos missionários católicos. É interessante notar a sinceridade do relato neste último trecho, em que Caminha reconhece as “segundas intenções” dos portugueses diante da alegria desinteressada dos índios)
Uma terra rica
“Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem o vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, frios e temperados (…). As águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-se aproveitá-la, dar-se-á nela tudo por causa das águas que tem.”
(Caminha não poderia imaginar o tamanho das riquezas da nova terra descoberta. Imaginem se tivesse visto o rio Amazonas em toda a sua imensidão… ou se soubesse que o Brasil, ainda hoje, possui a maior extensão de terras cultiváveis do mundo!)
BRASIL 500 ANOS DEPOIS

Na época do Brasil Colônia, quase todo mundo morava no campo, onde se concentravam as atividades econômicas mais lucrativas, como os engenhos de cana-de-açúcar. As famílias ricas tinham casas na cidade, mas quase só saíam de suas fazendas nas épocas de festas. Enquanto isso, as cidades eram pouco desenvolvidas, com população pequena que sobrevivia do comércio e das atividades administrativas.
O processo de urbanização e o crescimento das cidades começou a ganhar impulso quando o rei de Portugal, Dom João VI, transferiu a corte portuguesa para o Brasil e se instalou no Rio de Janeiro em 1808, fugindo do conquistador Napoleão Bonaparte.
Imagine o que deve ter sido, para uma cidade de 50 mil moradores, a chegada de mais de 10 mil novos habitantes, vindos da Europa! Foi uma mudança e tanto. A capital da colônia começou a virar “gente grande”: ganhou bibliotecas, novos teatros, passeios públicos. A maior badalação!
Com o crescimento das cidades, muita coisa mudou no Brasil. Muita gente saiu do campo e foi para a cidade, e 500 anos depois, é um país muito diferente …
AS CIDADES CRESCEM
Mesmo com essas mudanças, o Brasil continuou a ser um país basicamente agrícola. Em 1872, já na época do Império, somente 20% da população se dedicava ao setor de serviços ou à indústria. E o Rio de Janeiro permanecia sendo o único grande centro urbano, seguido por Salvador, Recife e Belém.
A partir do final do século 18, depois de proclamada a República, em 1889, teve início o incrível crescimento de São Paulo, cidade que enriqueceu com o comércio do café e atraiu muitos imigrantes. Em apenas 10 anos (1890-1900), a população passou de pouco mais de 60 mil habitantes para quase 240 mil.
A cara do Brasil urbano só começa mesmo a se definir, e muito rápido, a partir dos anos 50. Veja só quanta diferença: em 1940, a população urbana somava apenas 16% da população brasileira; mas em 1980 o número cresceu para 51,5%, quer dizer, a maioria das pessoas passou a morar nas cidades.
Surgiu uma grande quantidade de indústrias, que atraíam muita gente com ofertas de emprego, e o setor de serviços teve um enorme crescimento. Enquanto isso, no campo, as máquinas substituíam muitos trabalhadores, que corriam para as cidades em busca de trabalho.
UM PAÍS DO FUTURO?
Olhando para trás, vemos quanta coisa mudou nos últimos 500 anos! Os índios, que eram os senhores da terra, hoje não podem bobear: precisam lutar por seus direitos a todo momento para que não sejam ainda mais explorados e dizimados. A colônia virou Império e depois República. Mas nunca conseguiu se livrar dos interesses estrangeiros dispostos a tirar suas vantagens…
O povo brasileiro foi se formando através dos séculos, surgindo da mistura de negros, índios e brancos, criando sua própria cultura. Aos poucos, os brasileiros foram descobrindo seu próprio país. Primeiro se estabeleceram no litoral, depois se embrenharam país adentro, explorando o interior, a Amazônia e até construindo uma moderníssima capital, Brasília, em pleno descampado do Planalto Central.
As cidades, que nos primeiros tempos dependiam do campo, onde se concentrava a maioria da população, ganharam cada vez mais importância a ponto de transformar o Brasil num país, hoje, essencialmente urbano.
Com tantas mudanças, é impossível não se perguntar: como serão os próximos 500 anos?