segunda-feira, 23 de abril de 2012

                         Feliz dia da TERRA!!!

Dia da Terra vem ganhando cada vez mais importância desde que foi criado timidamente no início da década de 1970. Este ano, mais de 500 milhões de pessoas devem comemorar o Dia da Terra em 85 países. A nossa programação vai incentivar você a se preocupar com o planeta.

O nosso público já está familiarizado com as notícias sobre o derretimento das geleiras e o aumento do nível do mar, mas as incríveis fotos de James Balog em Icebergs: Alerta Global vão ajudar a ampliar a consciência sobre o impacto das mudanças climáticas sobre a Terra.


Mistérios da Terra, apresentado por Edward Norton, destaca que existe uma interconexão total no nosso planeta e que todas as nossas ações têm conseqüências globais, exatamente como destaca o nosso tema do Dia da Terra: "O que você faz conta".

No último ano o nosso planeta enfrentou terremotos e furacões super-violentos e descobriu novos seres e espécies à beira da extinção. Planeta Terra: Restrospectiva 2008 conta tudo que vem acontecendo.

Curiosidades sobre a Terra: 
  • Tem em torno de 4,5 bilhões de anos
  • Tem 510,3 milhões de km2 de área total
  • Aproximadamente 97% da superfície da Terra é composta por água
  • O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal - China com aproximadamente 8.800 metros
  • A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões


Em 1990, outros países adotaram o data como marco de conscientização ecológica. Se cultivada desde a infância, a educação ambiental pode ajudar a formar cidadãos preocupados com o aquecimento global, desperdício de água e reciclagem de lixo.

Acesse:
SMARTKIDS EM DIA DA TERRA e ache leituras e atividades super divertidas, leia mais, aprenda dicas pra fazer do nosso planeta um lugar cada vez melhor.




Dia da Terra foi criado pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril.
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.
Saiba mais em: WIKIPEDIA/DIA DA TERRA


                    Quem descobriu o Brasil? 

Foi Pedro Álvares Cabral no dia 22 de abril de 1500!
A expedição organizada pelos portugueses a pedido do Rei Dom Manuel tinha como objetivo repetir o feito de Vasco da Gama e chegar às Índias. Estavam em busca de metais preciosos, como o ouro e a prata, e especiarias!
Não se sabe ao certo por que Cabral desviou tanto a oeste da sua rota original, sabemos apenas que não fosse isto os portugueses não teriam descoberto as terras no depois chamado novo mundo.
No dia 22 ouvi-se um grito “terra vista”! Avistaram um monte, que recebeu o nome de Monte Pascal. O nome dado a terra descoberta foi Terra de Santa Cruz, atualmente cidade de Porte Seguro na Bahia. O nome definitivo, Brasil, só veio alguns anos depois, devido a quantidade de pau-brasil encontrado no litoral!
A carta escrita por Pero Vaz Caminha e enviada para o rei em Portugal descreve com detalhes a viagem, a terra descoberta e os nativos. Este é um importante documento histórico para o Brasil e para o mundo!
O primeiro contato com a população local foi feito no dia 23 de abril. Os índios Tupiniquins, de origem tupi-guarani, habitavam o litoral do sul da Bahia. Apesar do choque entre as diferentes culturas, trocaram objetos e cortesias pacificamente.
Frei Dom Henrique celebrou a primeira missa no dia 26 de abril. E acreditem, era domingo de páscoa! Compareceram não só os comandantes e suas tripulações, mas também muitos nativos curiosos atraídos pelo ritual.
Dias depois Cabral seguiu viagem até alcançar Calicute, mas deixaram por lá 2 degradados – condenados por crimes em Portugal – que meses depois foram resgatados e deram contribuições importantes aos portugueses.


CABRAL, O NAVEGADOR MUITO AMADO
Projeto memória
Depois de cumprir a missão que o rei lhe confiara, Pedro Álvares Cabral não quis voltar a embarcar. Refletindo um pouco, logo se conclui que procedeu bem pois um êxito estrondoso dificilmente se repete. Ora, Cabral foi o primeiro navegador da História da Humanidade a ligar quatro continentes numa única viagem. Enfrentou os ânimos mais suaves e mais agressivos dos dois oceanos conhecidos na época. Fortaleceu laços de amizade e fez pactos de comércio com reis e rainhas do Oriente. E descobriu o Brasil. Tudo somado, chega e sobra para encher uma vida.
Este bem sucedido viajante do rei casou com Dona Isabel de Castro, senhora ilustre que descendia da família real portuguesa e da família real castelhana. O casal teve seis filhos, dois rapazes e quatro meninas, batizados com os nomes de Fernando, Antônio, Constança, Guiomar, Isabel e Leonor.
Instalado em Santarém, Pedro Álvares Cabral foi sempre recebendo notícias da linda terra que descobrira, afinal bem maior e mais rica do que se pensava. E recompensas do rei D. Manuel I, à medida que ele compreendia a verdadeira importância daquela descoberta.

O navegador repousa ao lado da mulher numa sepultura na Igreja de Nossa Senhora da Graça, em Santarém. A sua face encontra-se esculpida em pedra na parede do mais belo monumento português, o Mosteiro dos Jerônimos. Aí se encontram também outros navegadores, mas olham em direções diferentes. Vasco da Gama e os companheiros Paulo da Gama e Nicolau Coelho estão virados para Oriente em memória da chegada à Índia. Pedro Álvares Cabral, de sorriso discreto e elegante barbicha, olha para o lado oposto, para Ocidente, para o Brasil.
Quinhentos anos após a sua viagem, continua a ser recordado com amor entre dez milhões de portugueses e cento e sessenta milhões de brasileiros.

O REGRESSO À CASA

No regresso, os homens da armada de Cabral tiveram uma agradável surpresa: encontraram a caravela comandada por Diogo Dias, que todos julgavam afundada no Cabo da Boa Esperança. Afinal estava intacta, havia treze sobreviventes de mil aventuras no Índico e tinham descoberto outra terra que ainda não figurava nos mapas, uma ilha batizada com o nome de São Lourenço e que mais tarde se chamou Madagascar.
Felizes por se reencontrarem, zarparam para Lisboa mas o vento, teimoso como sempre, dispersou os navios, impedindo que chegassem juntos conforme desejavam.
Pedro Álvares Cabral entrou na barra do rio Tejo a 23 de julho de 1501. Tinha passado um ano e quatro meses em viagem, resistira a pavorosas tempestades, a investidas traiçoeiras, a doenças tropicais, a batalhas navais. Trazia os porões carregados de especiarias, sedas e outras preciosidades do Oriente. Trazia também informações animadoras sobre o futuro dos portugueses no Índico e os nomes de novos e poderosos aliados. Podia assim apresentar-se diante do rei D. Manuel I com a serenidade de quem cumpriu a sua missão. No entanto, ao passar a vista pelas margens verdejantes de onde lhe acenavam homens e mulheres ansiosos por notícias dos familiares embarcados, uma sombra de tristeza deve ter pesado sobre seu coração. Tantos companheiros desaparecidos… E tal como muitos outros antes dele e muitos outros depois dele, certamente se interrogou: “Valeu a pena?”

Provavelmente não encontrou logo as palavras certas para uma boa resposta. Em todo caso, certamente pensou que descobrir, conhecer, comunicar, tem o seu preço. E depois, por entre as muitas imagens que lhe cruzaram o espírito, fixou-se numa só: a imagem do mundo novo descoberto a ocidente, suave paragem a caminho da Índia, lugar semelhante às mais belas descrições do paraíso terrestre.
Se não fosse por mais nada, pela terra de Vera Cruz já teria valido a pena!

JORNAL DA HISTÓRIA
Canal Kids
Quando o Brasil foi descoberto, no dia 22 de abril de 1500, ainda não existia jornal impresso e publicado diariamente. Mas… e se já existisse, do jeitinho que a gente conhece hoje? Já pensou como seriam as reportagens sobre o descobrimento do Brasil? No dia em que Cabral desembarcou em Lisboa, em 21 de julho de 1501, seria assim…
NAVEGADOR PORTUGUÊS DESCOBRE NOVAS TERRAS NA AMÉRICA

No dia 22 de abril do ano de 1500, o navegador português Pedro Álvares Cabral e sua frota alcançaram terras desconhecidas, que batizaram de Ilha de Vera Cruz. Eles haviam partido de Portugal no mês anterior com destino às Índias, em busca de ouro e especiarias.
Um desvio na rota acabou fazendo com que chegassem ao novo território – uma terra de grande beleza, como bem descreve a carta de Pero Vaz de Caminha ao rei Dom Manuel I. Apesar de estar sendo recebido em Portugal com todas as glórias, neste dia 21 de julho de 1501, após violento combate em Calicute, há especulações de que Cabral não teria descoberto as novas terras por mero acaso.
EXCLUSIVO! ENTREVISTA COM PEDRO ÁLVARES CABRAL

Jornal da História: Como o senhor chegou às terras brasileiras?
Cabral: Parti de Portugal comandando uma frota de 13 embarcações no dia 8 de março, com 1.500 homens e 8 padres. A maior frota portuguesa até então! Chegaram a terra firme 12 naus, mas infelizmente apenas 6 retornaram a Portugal. Nosso objetivo era alcançar as Índias, para comercializar mercadorias e levar a religião católica para outros povos. Nosso rei, Dom Manuel, queria impressionar o samorim, o rei de Calicute, na Índia, com uma frota rica e poderosa, para melhor fazer negócios. O samorim havia esnobado Vasco da Gama, que desembarcara em Calicute com navios pequenos e sem riquezas.
Jornal da História: É verdade que Portugal já tinha conhecimento da existência dessas novas terras?
Cabral: Isso eu não posso dizer.
Jornal da História: O que o senhor tem a dizer sobre os boatos de que o senhor não seria o primeiro a descobrir as novas terras?
Cabral: Que boatos? Isso é intriga da oposição! Que tipo de jornal é esse que dá ouvidos a boatos?
Jornal da História: Temos nossas fontes. Em 26 de janeiro do ano
de 1500, ou seja, no ano passado, o capitão espanhol Vicente Yáñez Pinzón teria desembarcado em um local que chamou de Santa Maria de La Consolación (Hoje, Ponta do Mucuripe, cerca de 10 quilômetros ao sul da atual Fortaleza, capital do Ceará). Os marujos teriam gravado a data, seus nomes e os de seus navios em árvores e rochas. Outro navegador espanhol, parente de Pinzón, Diego de Lepe, teria chegado ao Brasil no início de fevereiro (Hoje, os historiadores têm opiniões diferentes de onde seria o local Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, ou Cabo de São Roque, a 100 km de Natal, capital do Rio Grande no Norte)

Cabral: Se vocês insistirem nessa história, mando processar o jornal por traição à Coroa de Portugal!
Jornal da História: Bem, essa é uma dúvida que vai intrigar os futuros historiadores… Mas voltando à viagem, como foi a chegada?
Cabral: No dia 22 de abril de 1500, avistamos uma elevação que chamei de Monte Pascoal, porque era época da Páscoa. A presença de aves marinhas e de grandes algas flutuando no mar já indicava a proximidade de terra firme. No dia seguinte, enfrentando as ondas causadas por uma terrível tempestade, conseguimos encontrar uma baía para ancorar, por isso chamei o lugar de Porto Seguro, um lugar muito bonito.
Jornal da História: E o contato com os índios?
Cabral: Havia cerca de 20 nativos na praia, completamente nus, portando arco e flecha. Mas eram bastante amistosos. De início, trocamos algumas roupas e nossas boinas vermelhas por colares de contas. Francamente, fiquei surpreso com o comportamento dos nativos. Um dia, capturamos dois jovens índios e os levamos a bordo. Nós conversamos por gestos e em nenhum momento eles demonstraram medo por estar entre desconhecidos. A tripulação ficou agitada quando os índios apontaram para meu colar de ouro e depois para a terra, como se estivessem querendo dizer que lá também havia ouro. Ficaram deslumbrados com as galinhas que levamos, veja você! Os índios estavam tão à vontade que até dormiram no barco, em pleno convés.
Jornal da História: Depois você seguiu viagem em direção às Índias, onde entrou em conflito e acabou bombardeando Calicute por 15 dias. Como foi o ataque?
Cabral: Essa é uma longa história, que vocês podem deixar para a próxima edição, ora pois…
EXTRA! PORTUGUESES SÃO ABANDONADOS EM TERRA ESTRANHA

Tem gente que gosta mesmo de aventura… Não é que alguns marinheiros portugueses ficaram no Brasil, enquanto o resto da tripulação seguia viagem? Dois deles foram deixados de propósito para servir como informantes do rei. Eram dois degredados, condenados por crimes em Portugal, que abriram o maior berreiro quando foram deixados na praia.
Choraram tanto que até os nativos ficaram comovidos e caíram no choro também. Vinte meses depois, foram resgatados pela expedição de reconhecimento comandada por Américo Vespúcio. Os relatos de um dos chorões, Afonso Ribeiro, foram muito importantes para Portugal. Os outros marinheiros que haviam ficado simplesmente desertaram, cansados da vida sofrida a bordo. Em uma terra tão bonita, com fartura de comida e de índias sem roupa, escapuliram do navio rapidinho e nunca mais foram vistos.
Ninguém nunca soube o que aconteceu com os marujos fujões. Será que conseguiram viver entre os índios? Ou será que serviram de jantar para os índios canibais (aqueles que comem carne humana)?

TERRA DOS PAPAGAIOS
Uma outra curiosidade sobre os primeiros dias da descoberta foi o nome dado ao Brasil. Cabral batizou as novas terras com o nome de Ilha de Vera Cruz (ou da cruz verdadeira, devido à grande cruz fincada no dia da segunda missa).
Mas os marinheiros não estavam nem aí com o nome oficial.Eles inventaram outro nome. Sabe qual? “Terra dos papagaios”. Araras e papagaios multicores enfeitavam a paisagem, e durante mais de três anos, ninguém chamava o Brasil pelo nome dado por Cabral. Os portugueses trocaram quinquilharias e suas toucas vermelhas de marujos por essas aves maravilhosas, que viajaram até Portugal e deslumbraram seus compatriotas d’além mar.
Depois, o Brasil passou a ser chamado de Terra de Santa Cruz, por ordem do rei Dom Manuel. Poucos anos depois, o país seria conhecido como Brasil, devido à grande quantidade de pau-brasil, uma árvore de tronco avermelhado usada para tingir tecidos, muito apreciada na Europa.
Devido à paisagem paradisíaca, o nome do Brasil também pode ter derivado de uma ilha lendária na mitologia celta, a ilha Brazil. Era um lugar mágico perto da Irlanda, que fascinou muitos navegadores e chegou a aparecer em alguns mapas da época.
COMENTÁRIO POLÍTICO: O DESCOBRIMENTO FOI POR ACASO?

Dizem que Cabral descobriu o Brasil por acaso. Será? Tudo indica que os portugueses sabiam da existência dessas terras. Outros navegadores teriam passado bem perto daqui, como o português Duarte Pacheco, em 1498.
A própria viagem de Cristóvão Colombo, que descobriu a América em 1492, sugeria a existência das novas terras ao sul da República Dominicana. Seis anos antes da viagem de Cabral, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas. Nesse documento, os dois países rivais na expansão marítima chegaram a um acordo.
Traçaram uma linha imaginária que passava a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, colônia portuguesa próxima ao continente africano. O mundo ficou dividido em dois: as terras descobertas do lado esquerdo (oeste) dessa linha ficariam com a Espanha; as do lado direito (leste) ficariam com Portugal.
Ora, grande parte do Brasil ficava exatamente do lado português. Ao menos, a parte que mais interessava aos espertos e bem-informados portugueses: seu extenso litoral, rota fundamental para cruzar o Cabo da Boa Esperança e chegar às Índias. Portanto, faz sentido pensar que Cabral tinha uma missão secreta: encontrar as novas terras, garantindo o domínio de Portugal sobre elas.
(Quinhentos anos depois do fechamento desta edição, a polêmica e o mistério continuam. Nenhum dos documentos originais da viagem do descobrimento, como a carta de Pero Vaz de Caminha, deixou indicações definitivas sobre a verdadeira intenção de Cabral)
CULINÁRIA

Segundo os relatos, o encontro inicial entre os índios e os viajantes portugueses aconteceu de maneira pacífica. Só não houve acordo quanto à comida. Os dois índios que subiram a bordo de uma das caravelas experimentaram as comidas e bebidas oferecidas: pão, peixe cozido, bolo, mel, figos secos e vinho.
Não gostaram de nada. Cuspiam fora tudo que colocavam na boca. Não era para menos! Eles não estavam acostumados a nada daquilo.
A alimentação básica dos índios vinha das plantações de milho, inhame, feijão, abóbora e mandioca, além das frutas nativas, como o abacaxi. Até a água oferecida pelos “anfitriões” portugueses não se comparava àquela que os índios bebiam: tinha ficado armazenada em tonéis durante mais de 40 dias e não era nada fresca…
Imaginem se os índios tivessem provado da ração servida nas naus cabralinas! Sairiam correndo! A base da dieta a bordo era um biscoito duro e salgado, bolorento e fedorento, além de carne salgada, cebola, vinagre e azeite. Essa dieta muito pobre em vitaminas, causava uma doença terrível nos marujos, chamada escorbuto. Provocada pela carência de vitamina C, o escorbuto fez muitas vítimas fatais durante as viagens marítimas. Para alívio dos navegantes, no século 18 o capitão inglês James Cook descobriu que o consumo de limões e laranjas, ricos em vitamina C, combatia a doença.
COLUNA SOCIAL

No dia 26 de abril de 1500, domingo de Páscoa, foi realizada a primeira missa em terra firme, na praia. Todos estavam lá: o comandante Pedro Álvares Cabral, a tripulação da frota, os padres que também participaram da viagem.
O frei Dom Henrique celebrou a missa, acompanhada com grande devoção pelos portugueses. O melhor é que os índios, os verdadeiros donos da casa, também apareceram, curiosos para ver aquele desconhecido e solene ritual. Depois da missa, os nativos começaram a tocar conchas e buzinas, pulando e dançando. Resumindo: o primeiro evento social brasileiro foi um sucesso!

No dia 1º de maio, foi erguida a primeira cruz e rezada a segunda missa. Carregando os estandartes da Ordem de Cristo, mais de mil homens da esquadra de Cabral seguiram em romaria até o local escolhido para fincar a grande cruz, de cerca de sete metros.
A cruz foi ali colocada também para assegurar a posse da terra ao rei Dom Manuel, sinalizar uma boa fonte de água e o local onde seriam deixados dois degredados, futuros informantes. Cerca de 80 índios acompanharam a celebração, repetindo os gestos, levantando e se ajoelhando como os portugueses. Um luxo só!
MODA

Entre índios e portugueses, quanta diferença no visual! Os portugueses chegaram com suas roupas pesadas, botas de couro e boinas na cabeça. O tipo de roupa perfeito para o clima frio europeu e para as exigências da nobreza, mas nem um pouco adequado ao calor tropical.
Enquanto isso, os índios nem se preocupavam em vestir alguma coisa. Andavam completamente nus, usando apenas bonitos “acessórios”, como colares e cocares de penas multicoloridas. Para os portugueses, criados numa sociedade bastante diferente, aquilo era totalmente imoral.
Mas para os índios a nudez era a coisa mais natural do mundo. Esquisitas eram aquelas roupas calorentas que ainda por cima atrapalhavam na hora de correr, caçar, subir em árvores…
SEÇÃO DE CARTAS

O Jornal da História obteve, com exclusividade, trechos da carta que Pero Vaz de Caminha enviou ao rei Dom Manuel. A carta chegou por meio de Gaspar de Lemos, que comandava a nau de mantimentos da frota de Cabral, enviada de volta a Portugal para dar notícia do “achamento” do Brasil.
Contratado para ser o contador da feitoria em Calicute, na Índia, para onde Cabral depois se dirigiu, Caminha também era escritor de talento. Sua carta, tida como a “certidão de nascimento” do Brasil, descreve com brilho e detalhe os primeiros dias dos portugueses na nova terra e seu contato com os índios.
Pero Vaz faleceu pouco depois, em combate contra os árabes em Calicute. Para homenageá-lo, o Jornal da História pede perdão aos leitores e cede sua Seção de Cartas ao bravo escriba. (Desaparecida durante muitos anos, a carta de Caminha só foi redescoberta e publicada em 1817, pelo historiador português Manuel Aires do Casal)
24 de abril de 1500, Sexta-feira

Sobre os índios
“A feição deles é parda, um tanto avermelhada, com bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas, e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam o lábio de baixo furado e metido nele seus ossos (…) agudos na ponta como furador. (…) Os seus cabelos são lisos. E andavam tosquiados (…) e rapados até por cima das orelhas (…) “
(Caminha, como os outros, ficou maravilhado com a inocência, ingenuidade e beleza dos índios, que se mostraram bastante dóceis desde o início).
O contato a bordo
“Afonso Lopes, nosso piloto, estava em um daqueles navios pequenos. (…) Tomou dois daqueles homens da terra, mancebos e de bons corpos, que estavam em uma espécie de jangada. Já de noite, Afonso Lopes trouxe-os ao Capitão, em cuja nau foram recebidos com muito prazer e festa. (…) Quando eles vieram, o Capitão estava sentado em uma cadeira, bem-vestido, com um colar de ouro muito grande no pescoço, e tendo aos pés um grande tapete como estrado. (…) Um deles, porém, reparou no colar do Capitão e começou a acenar para a terra e depois para o colar, como se nos quisessem dizer que na terra também havia ouro. (…) Nós assim interpretávamos os seus gestos, porque assim o desejávamos (…)”
(Durante muitos anos, Portugal desprezou o Brasil por considerar que as novas terras não tinham minérios de valor, como ouro, prata e ferro, em seu subsolo, se contentando em pilhar o pau-brasil, madeira valiosa na Europa. Por um bom tempo, o Brasil serviu apenas como rota e porto seguro para as Índias. Hoje sabemos que isso não é verdade, e que o país possui algumas das maiores reservas minerais do mundo!)
26 de abril de 1500, Domingo

O palhaço Diogo Dias
“Do outro lado do rio, andavam muitos deles, dançando e folgando, uns diante dos outros, sem se tomarem pelas mãos. (…) Dirigiu-se, então, para lá, Diogo Dias, homem gracioso e de prazer. Levou consigo um gaiteiro e sua gaita. E meteu-se a dançar com eles, tomando-os pelas mãos; e eles folgavam e riam, e andavam com ele muito bem ao som da gaita. Depois de dançarem, fez-lhes ali, andando no chão, muitas piruetas e salto mortal, de que eles se espantavam e riam muito. Mas como Diogo Dias tocasse neles e os segurasse com essas brincadeiras, logo se tornaram esquivos como animais monteses (…)”
(Apesar de “mansos”, os índios evitavam o contato físico com os portugueses. Demonstravam dessa forma não serem tão ingênuos, assim como o fato de não deixarem os portugueses dormirem na aldeia.)
30 de abril de 1500, Quinta-feira

Gente inocente
“Parecem-me gente de tal inocência que, se nós os entendêssemos, e eles a nós, seriam logo cristãos, porque parecem não ter nenhuma crença. E portanto, se os degradados que aqui hão de ficar aprenderem bem sua fala e os entenderem, não duvido que eles (…) hão de se tornar cristãos em nossa santa fé. Portanto, Vossa Alteza, que tanto deseja fazer crescer a santa fé católica, deve cuidar da salvação deles . (…) Eles não lavram, nem criam. Nem há aqui boi, vaca, cabra, ovelha, galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado a conviver com o homem. (…) Nesse dia, enquanto ali andavam, dançaram e bailaram sempre com os nossos, de maneira que são muito mais nossos amigos do que nós seus (…)”
(Aqui, Caminha se refere à docilidade dos índios, o que poderia facilitar a catequização pelos missionários católicos. É interessante notar a sinceridade do relato neste último trecho, em que Caminha reconhece as “segundas intenções” dos portugueses diante da alegria desinteressada dos índios)
Uma terra rica
“Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem o vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, frios e temperados (…). As águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-se aproveitá-la, dar-se-á nela tudo por causa das águas que tem.”
(Caminha não poderia imaginar o tamanho das riquezas da nova terra descoberta. Imaginem se tivesse visto o rio Amazonas em toda a sua imensidão… ou se soubesse que o Brasil, ainda hoje, possui a maior extensão de terras cultiváveis do mundo!)
BRASIL 500 ANOS DEPOIS

Na época do Brasil Colônia, quase todo mundo morava no campo, onde se concentravam as atividades econômicas mais lucrativas, como os engenhos de cana-de-açúcar. As famílias ricas tinham casas na cidade, mas quase só saíam de suas fazendas nas épocas de festas. Enquanto isso, as cidades eram pouco desenvolvidas, com população pequena que sobrevivia do comércio e das atividades administrativas.
O processo de urbanização e o crescimento das cidades começou a ganhar impulso quando o rei de Portugal, Dom João VI, transferiu a corte portuguesa para o Brasil e se instalou no Rio de Janeiro em 1808, fugindo do conquistador Napoleão Bonaparte.
Imagine o que deve ter sido, para uma cidade de 50 mil moradores, a chegada de mais de 10 mil novos habitantes, vindos da Europa! Foi uma mudança e tanto. A capital da colônia começou a virar “gente grande”: ganhou bibliotecas, novos teatros, passeios públicos. A maior badalação!
Com o crescimento das cidades, muita coisa mudou no Brasil. Muita gente saiu do campo e foi para a cidade, e 500 anos depois, é um país muito diferente …
AS CIDADES CRESCEM
Mesmo com essas mudanças, o Brasil continuou a ser um país basicamente agrícola. Em 1872, já na época do Império, somente 20% da população se dedicava ao setor de serviços ou à indústria. E o Rio de Janeiro permanecia sendo o único grande centro urbano, seguido por Salvador, Recife e Belém.
A partir do final do século 18, depois de proclamada a República, em 1889, teve início o incrível crescimento de São Paulo, cidade que enriqueceu com o comércio do café e atraiu muitos imigrantes. Em apenas 10 anos (1890-1900), a população passou de pouco mais de 60 mil habitantes para quase 240 mil.
A cara do Brasil urbano só começa mesmo a se definir, e muito rápido, a partir dos anos 50. Veja só quanta diferença: em 1940, a população urbana somava apenas 16% da população brasileira; mas em 1980 o número cresceu para 51,5%, quer dizer, a maioria das pessoas passou a morar nas cidades.
Surgiu uma grande quantidade de indústrias, que atraíam muita gente com ofertas de emprego, e o setor de serviços teve um enorme crescimento. Enquanto isso, no campo, as máquinas substituíam muitos trabalhadores, que corriam para as cidades em busca de trabalho.
UM PAÍS DO FUTURO?
Olhando para trás, vemos quanta coisa mudou nos últimos 500 anos! Os índios, que eram os senhores da terra, hoje não podem bobear: precisam lutar por seus direitos a todo momento para que não sejam ainda mais explorados e dizimados. A colônia virou Império e depois República. Mas nunca conseguiu se livrar dos interesses estrangeiros dispostos a tirar suas vantagens…
O povo brasileiro foi se formando através dos séculos, surgindo da mistura de negros, índios e brancos, criando sua própria cultura. Aos poucos, os brasileiros foram descobrindo seu próprio país. Primeiro se estabeleceram no litoral, depois se embrenharam país adentro, explorando o interior, a Amazônia e até construindo uma moderníssima capital, Brasília, em pleno descampado do Planalto Central.
As cidades, que nos primeiros tempos dependiam do campo, onde se concentrava a maioria da população, ganharam cada vez mais importância a ponto de transformar o Brasil num país, hoje, essencialmente urbano.
Com tantas mudanças, é impossível não se perguntar: como serão os próximos 500 anos?

DIA DO ÍNDIO



Devida a grande perseguição aos índios, a partir de 1943, o presidente Getúlio Vargas decretou que todo dia 19 de Abril seria o Dia do Índio. A importância desse dia e de todos os outros é aprender a respeitar essa cultura e ter respeito por ela. Hoje existem índios “civilizados”, mas eles ainda sofrem muito com o preconceito da sociedade. Nesse dia lembrem de respeitar não só os índios mas também outras culturas e outras opiniões.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Dia 07 de Abril - Dia Mundial da Saúde

Dia 03 de Abril - Dia da Cantineira

Você sabia que no Dia 03 de Abril comemoramos o Dia da Cantineira ou Merendeira? Que tal não deixar passar em branco e fazer uma surpresa a esta profissional das nossas Escolas?

Idéia: Reúna com seus alunos e pergunte o que eles sabem sobre quem faz a merenda gostosa da Escola? Como é o nome dela? Que tal agradecermos a ela pelo seu carinho e dedicação com um lindo desenho?

Outra Idéia: Combinem, à hora do Recreio, que as crianças brinquem de roda e de repente, chamem as Merendeiras para entrarem no centro da roda. Então começarão a bater palmas e cantarão parabéns para estas simpáticas e esforçadas pessoas que preparam lanches para essa criançada que aprenderam a amar...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tenham uma Feliz Páscoa!

A Verdadeira Páscoa - Teatro

 


 Esta história aconteceu às vésperas do dia da Páscoa, tudo porque dois símbolos da Páscoa resolveram se achar grandes e poderosos demais. Vamos ver:



COELHO: Ora, amigo ovo de chocolate, a Páscoa sem mim não vale nada!!! Eu sou a Páscoa!!! Sem mim as crianças não tem Páscoa. Tudo fica sem graça...

OVO: Mas vc é mesmo muito vaidoso!!! Vaidoso e burro!!! Responda-me: o que as pessoas compram pra dar na Páscoa? Claro que é ovo de chocolate. Às vezes compram um ou outro coelhinho de pelúcia ou chocolate. Mas eu sou o campeão nas vendas. Ovos coloridos, recheados... Eu sou muito mais Páscoa que vc!!!

COELHO: Aí que vc se engana seu ovinho mixuruca!!! Qdo vc aparece nas propagandas de Tv eu sempre apareço junto, como se fosse eu que o levasse, o que é muito estranho, pois tem criança achando que coelho bota ovo. Isso é muito desconcertante! Outro dia foi uma luta explicar para o luisinho que Coelho e ovo andam juntos só por simbolizarem a mesma coisa.

OVO: É nisso vc tem razào: nós dois estamos na frente nessa época da Páscoa. Não tem ovo sem coelho e nem coelho sem ovo. Então proponho um acordo, porque tem muita gente ganhando dinheiro`as nossas custas e para nós dois não sobra nada, nadica de nada!! Vamos nos unir e cobrar das televisões, das fábricas de chocolate, todas as vezes que nos usarem! Nós vamos ficar bilionários.

COELHO: É mesmo, senhor ovo, estou até precisando de algum trocado, Ih, mas olha só quem está cheando...sào os outros símbolos da Páscoa.

(O GIRASSOL VAI A FRENTE E FALA)

GIRASSOL: Que absurdo, dois símbolos tão conhecidos esquecendo que o mais importante da Páscoa é Jesus. E tem mais: desmoralizando a todos nós!

PEIXE: Precisamos dar um jeito nesses dois e fazê-los entender o que é a Páscoa!

VELA: onde já se viu tanta vaidade!! Tão egoístas, preocupados só em tirar proveito da situaçào. Isso me deixa muito trite!!!

CORDEIRO: Olhe como é feio, amiguinhos a gente se esquecer da nossa missào. O ovo e o coelho deixaram que o comércio, as fábricas de chocolate, o dinheiro, fizessem deles um vazio.

GIRASSOL: Esqueceram-se que só existem pra mostrar a vida de Jesus que venceu a cruz e a morte. Assim como o pintinho que sai do ovo, é vida que sai de um lugar fechadinho.

VELA: E o coelho, com aquele tanto de filhotinhos que em cada ninhada, mostra como o povo de Deus cresce com a vida nova de Jesus. Que pena que eles se esqueceram de tudo isso. Ah, eu que sou luz queria tanto ajudá-los, parece que eles estào cegos!

PEIXE: É mesmo, parece que não entendem mais nada. Precisamos fazer alguma coisa. 

CORDEIRO: Mas como?... Ah, e se promovermos no ovo e no coelho a conversão?

VELA: Isto é, a mudança de atitude, para que celebrem a Páscoa verdadeira!

TODOS: Yes!!!! (BATEM AS MÃOS E COMEMORAM NISSO ENTRA O OVO E O COELHO CONTANDO DINHEIRO E CANTANDO):

OVO: Coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?

COELHO: Dinheiro no bolso e cheques sem fim!

(GIRASSOL ENTRA NO MEIO DOS DOIS)

GIRASSOL: Olá amiguinhos, como vocês estào?

COELHO: Estava ótimo, mas agora piorou! êh gentakha!!! (FALA PARA OVO) Lá vem o primo pobre!! 

OVO: Nós estamos bem, só que agora estamos muito ocupados, ocupados em ganhar dinheiro. Ninguém vai nos segurar!!!

GIRASSOL: Venham amigos, agora!!! (OS OUTROS SÍMBOLOS ENTRAM E CERCAM OS DOIS)

OVO E COELHO: Mas o que é isso?

PEIXE: Nós queremos conversar um pouquinho para que vocês entendam uma coisa: queremos que nos escutem!

VELA: Vcs esqueceram o verdadeiro sentido da Páscoa?

CORDEIRO: Vocês não lembram que antes de Jesus ressuscitar, nós todos vivíamos como que presos na escuridão? Longe da luz de Deus e não éramos amigos uns dos outros?

GIRASSOL: A Páscoa que eu experimentei, me fez ser alegre, amigo de todos. Não se lembram do sacrifício de Jesus para que fossemos bons e celebr'ssemos a vida? Coo puderam se esquecer?

COELHO(ENTRISTECIDO E ENVERGONHADO) - É eu estou me lembrando... um dia eu também experimentei a vida nova da Páscoa de Jesus!

CORDEIRO: Ë, você experiemtou, mas é preciso renovar esse compromisso com Jesus! A Páscoa que celebramos todos os anos vem nos alertar sobre isso. 

OVO: É! É muito bonito tudo isso que voces falaram, mas não é vocês que passam pelo masscre do Comércio, da televisão, que abusam de nós, nos fazendo quase esquecer da vida nova. É muito difícil resistir às tentaçoes do dinheiro, da vaidade, do chocolate...

GIRASSOL: Mas quem disse que viver a Páscoa é facil? Vcs esqueceram que Jesus, para ressuscitar, primeiro passou pela cruz e pelo sofrimento?. E assim ele provou que é o filho de Deus, o Salvador. Ele é a verdadeira Páscoa, e Ele deve ser o maior sinal de mudança em nossa vida!

PEIXE: É isso mesmo, vcs precisam se desapegar de todas as seduçoes que não levam para o caminho de Deus.

COELHO: É, mas pra isso precisaremos de muita ajuda. Quem poderá nos ajudar?

OVO: Ei! (OLHANDO P/ AS CRIANÇAS) Vocês podem nos ajudar!!! Vcs que ganharam ovos de Páscoa agora já sabem que essa comilança de chocolate não é a verdadeira Páscoa e vcs precisam nos ajudar a contar tudo isso para as pessoas.

CORDEIRO: É isso mesmo! Só Jesus é a verdadeira Páscoa!!!'Nós que estamos aqui, somos apenas os símbolos, os sinais, para que as pessoas entendam o que é a Páscoa.

COELHO: Ai, me sinto renovado, ainda bem que meus amigos me mostraram a vida nova, por isso eu quero desejar a vc uma Feliz Páscoa!!!

TODOS: FELIZ PÁSCOA!!!!!!!!